quarta-feira, 13 de março de 2013

um turbilhão de sensações, dentro de mim.

Postado por Crepe de Queijo Amador. às 01:31

Ela levantou-se como num domingo normal, caminhou até o balcão e pediu mais um sorvete. Qual o sabor moça bonita,
 perguntou o atendente sorridente, ela não sabia ao certo o motivo do sorriso dele ser tão grande, mas para ela sorrisos tranformam as pessoas
em seres cheios de luz e amor. Imaginou que fosse ser estranho pedir o que estava com desejo de comer, mas não exitou nunca ao falar
 que queria um pouco de cada sabor, dos existentes ali, e de todos os outros que eu conseguisse. O atendente disfarçou o olhar torto, de quem chama
a então moça bonita de louca, desvairada. E também não exitou em confirmar a certeza da moça em seu pedido. Agora atordoado o atendente
começou a servi-la de um pouco de cada sorvete, e com os olhos baixos, mais precisamente, olhando para o desenho que se encontrava
no avental azul de trabalho. Escutou aquela que seria a última fala da menina, bem esquece o pedido me faça um favor. Dê-me seu
 avental, e vá se divertir trabalharei por ti, afinal é domingo.  De olhos arregalados, e uma aparência, já tão atordoada, que assustava todo mundo
o atendente olhou no fundo dos olhos dela, e quando estava a ponto de estourar, simplesmente tirou o avental, entregou em suas mãos, e
 saiu. A garota de tão louca, colocou o avental e começou a servir os sorvetes, serviu, serviu, até acabar o expediente da loja. E quando viu que
 estava servindo seu último sorvete do dia, sentiu aquela lágrima que teimou em aparecer o dia todo. A menina, então sem reações, foi para casa. E de lá,
ligou para ele, para o tão esperado ele das histórias. Ligou para saber se ele estava bem, e após alguns minutos de conversa, sentou na janela do seu quarto,
e por ali ficou pelo resto da noite, admirando estrelas, e como diria uma amiga minha, fortalecendo as forças para a próxima vez. E assim ela repetia a história todo
 domingo, ia a sorveteria, roubava o posto de um moleque qualquer que sorria feito louco, voltava pra casa e depois, mas só depois, criava forças para ligar, ter uma
 prosa rápida e sincera e depois admirar as estrelas. O que ela fazia durante a semana, para esconder as lágrimas sempre que o via, ninguém nunca prestou atenção
mas eu, no papel de divulgadora dos sentimentos da moça bonita, afirmo, ela nunca escondeu as lágrimas, mas como toda mulher, ou garota de todas as idades, sabem ..
Chorar acaba se tornando uma chave de entrada para o mundo das trouxas. Ela que não era boba nem nada, confiava nisso, e por isso só o ligava nos domingos à noite,
 depois de depositar todo o seu medo, em casquinhas cheias de creme gelado, e mandado ela pra longe, pra onde cada cliente fosse. Perguntada sobre o fim
da história, me rendi aos encantos do suspense. Mas, por motivos claros, e tão óbvios quanto medo do 1° dia de aula, contaria pra vocês, e estragaria o única parte
 talvez interessante de se ler um texto meu ... O fato, de tu ter a oportunidade, de criar o teu final, triste ou feliz, com lágrimas e beijos, ou brigas e risadas.
Cada um tem no sub consciente a resposta mais certa pra situação, cada um mereçe ter a sensação de mandar em um mundo. Agora, se tu vai parar de procurar o teu sorvete
ou o teu céu estrelado, o problema é sinceramente, teu, mas por favor nunca, nunca deixe de procurar o tua força. (Artista Desconhecido)

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